Prensa Publicada

  • Título: Petrobras es sponsor principal de la 'Exposición Portinari'
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    Fecha: 27/07/2004
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    cronicasonline informa: "Petrobras será el principal sponsor de la "Exposición Portinari", que tendrá lugar en las salas de la Fundación PROA (Av. Pedro de Mendoza 1929, La Boca) a partir del 20 de julio hasta el mes de septiembre, con motivo del centenario del nacimiento del artista plástico Cándido Portinari...

    Esta muestra se presenta como parte del Programa Cultural de Petrobras, que contempla actividades del más alto nivel artístico en disciplinas tales como artes visuales, música, patrimonio histórico, literatura y danza.

    La "Exposición Portinari" es una mirada global de la producción del artista brasileño a través de diferentes medios y técnicas que usó a lo largo de su carrera. Además, reunirá un importante grupo de obras del artista pertenecientes a colecciones públicas y privadas de Brasil y Argentina. La muestra estará articulada en cuatro módulos que dan cuenta de los diversos aspectos de su producción artística: lo social, lo brasileño, lo universal y su producción en Buenos Aires y Montevideo.

    "En Petrobras sabemos que las obras de los grandes artistas nos dicen quienes somos, construyen nuestra identidad como individuos y como integrantes de nuestras comunidades. Por ello, creemos que apoyar la cultura es otra forma de producir y otra manera de apostar por el crecimiento de las personas y de la sociedad en la que operamos", comentó Luiz Augusto Da Fonseca, Director de Comunicaciones de Petrobras Energía.

    Así, Petrobras, empresa integrada de energía, líder en América Latina, acompaña el desarrollo de la cultura regional y reafirma su compromiso de integración con la sociedad, apoyando y favoreciendo el intercambio cultural.

    Obra de Portinari é exibida na Argentina após 57 anos
    UOL Diversão e Arte
    http://www1.uol.com.br/diversao/efe/2004/07/20/ult1817u1593.shl

    Buenos Aires, 20 jul (EFE).- A primeira exposição do brasileiro Cândido Portinari em Buenos Aires desde 1947 será inaugurada hoje, terça-feira, com uma coleção completa de trabalhos de um dos melhores expoentes da pintura expressionista latino-americana.

    A obra deste "pintor social", como Portinari costumava definir-se, poderá ser vista até o próximo dia 5 de setembro na Fundação Proa, localizada no bairro de La Boca, um dos mais pitorescos e tradicionais da capital argentina.

    O jornal "Clarín" destaca hoje que pinturas como "Retirantes" ou "Menino morto", ambas de 1944, fazem parte de uma exposição que retrata "a história da América Latina".

    Além de definir o pintor como o equivalente ao argentino Antonio Berni no Brasil, o jornal fala das semelhanças entre sua obra e a do mexicano Diego Rivera.

    Filho de imigrantes italianos, Portinari nasceu em uma fazenda de café em 1903 e desde pequeno começou a retratar as imagens de sua cidade de origem, Brodowski, no estado de São Paulo.

    Como afirma o catálogo da mostra, o artista que morreu em 1964 conta a história de "um contexto específico: o das migrações provocadas pela seca" no Brasil.

    Diante do aumento da perseguição aos comunistas no Brasil durante o governo do general Eurico Dutra (1946-1951), Portinari, que era da esquerda, se exilou no Uruguai entre 1947 e 1948.

    Foi durante esses anos que viajou várias vezes à Argentina, onde em 1947 expôs suas obras e deu uma memorável conferência sobre "O sentido social da arte".

    Segundo Adriana Rosenberg, diretora da Fundação Proa, Portinari criou "um novo universo estético" que ainda hoje continua dando frutos.

    No ano passado foi comemorado o centenário do nascimento do pintor com uma mostra de seus desenhos inspirados em Dom Quixote de La Mancha no Museu de Arte Contemporânea (MAC) de São Paulo.



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  • Título: Após meio século, Portinari retorna à Argentina
    Autor: Claudia Dianni
    Fecha: 26/07/2004
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    Depois de 57 anos, as telas de Cândido Portinari (1903-1962) voltaram à Argentina, país que recebeu o pintor em 1947, quando o Brasil perseguia comunistas. Na terça passada, a Fundação Proa, de Buenos Aires, abriu a Exposição Portinari, que apresenta 50 originais de pinturas, gravuras e desenhos do artista até 5/9.

    A exposição é parte das comemorações pelo centenário de nascimento do pintor, celebrado em 2003. O Projeto Portinari, organizador da mostra, prepara também o lançamento de um catálogo de cinco volumes com fotografias das 4.991 obras do artista. Os catálogos serão lançados neste ano na Bienal de Artes de SP.

    O acervo da exposição, montada especialmente para Buenos Aires, reúne obras importantes do artista, como a impactante "Criança Morta", além de "Retirantes" (1944) e "Colheita de Café" (1958), duas das telas mais representativas da obra do pintor.

    A coleção possui gravuras dos painéis Guerra e Paz, que Portinari pintou para a sede da ONU, em 1957, e objetos pessoais do pintor.

    Essa é uma das poucas exposições de Portinari no exterior desde a sua morte, em 1962. A primeira foi em Milão, em 1963. Apenas em 1985 os portugueses viram uma pequena mostra de desenhos, em Lisboa, e em março deste ano uma exposição do artista integrou o "Brasil My Fair", em Londres.

    "Gostaríamos de levar a exposição ao Chile e à China. Talvez por haver uma maior identificação ideológica neste governo com a obra de Portinari, estamos recebendo mais apoio para o centenário", disse o curador da exposição, João Cândido Portinari, filho do pintor. A mostra é patrocinada pela Petrobras.

    O evento ocupa cinco salas em dois andares da Fundação e é dividido nas seções social, Brasil, Universal e Argentina e Uruguai.

    A social reúne obras que ilustram a vida das massas, os imigrantes, os êxodos, a fome e a fuga da miséria, temas que transformaram Portinari no maior representante da chamada "arte das massas" no Brasil.

    A série Brasil reúne quadros representativos da cultura brasileira, como o "Flautista" (1934). A coleção universal incluiu obras da série "Dom Quixote", produzidas em 1956 em lápis de cor, quando Portinari, já debilitado pela intoxicação provocada pelo chumbo das tintas, causa da morte do Pintor, foi proibido de pintar.

    A seção Argentina e Uruguai apresenta quadros, gravuras e manuscritos da época em que o artista viveu na Argentina e no Uruguai, entre 1947 e 1948, como a tela "Mulher e Criança" (1948). O auto-exílio de Portinari na Argentina e no Uruguai foi motivado pela perseguição do governo Eurico Gaspar Dutra (1946-50) aos comunistas, como conta João Cândido. Militante do Partido Comunista do Brasil, Portinari encontrou, em 1947, uma Argentina no auge do Peronismo, ambiente político que acolheu sua arte representativa das massas.

    Em Buenos Aires, Portinari conheceu os poetas espanhóis Rafael Alberti e León Felipe, os chilenos Pablo Neruda e Gabriela Mistral e o cubano Nicolás Guillén.

    O ponto forte da experiência de Portinari nos países vizinhos do Sul foi em 1948, quando apresentou, em Montevidéu, a Conferência "O Sentido Social da Arte", em que falou do realismo concreto de sua arte e da militância política.

    "Já conhecia Portinari, cuja obra é bastante famosa na Argentina, mas nunca havia visto uma exposição dele. Estou bastante impressionado", disse o estudante de cinema, Fernando Krapp, que visitava a exposição.



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  • Título: Candido Portinari en Fundación Proa
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    Fecha: 21/07/2004
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    El 20 de Julio se inauguró en la Fundación Proa, presidida por Adriana Rosenberg la muestra dedicada al artista brasileño Candido Portinari al cumplirse su centenario.

    El eje central de la muestra es una mirada abarcativa de la producción del artista a través de los diferentes medios y técnicas que utilizó a lo largo de su carrera, donde se aprecia su diversidad y profundidad creativa.

    Portinari junto a otros artistas de nuestro continente incorporó en su trabajo el conocimiento de las primeras vanguardias del Siglo XX. La idea de producir “arte para el arte” penetró su mundo y apeló a estos principios en su obra. Pero en esos años estos conocimientos lejanos de los contextos sociales donde se producían, plantearon en estos maestros el tema del arte con sentido social, sus límites y sus alcances.

    Generaciones formadas en las nuevas corrientes de vanguardia reflexionaban sobre su entorno. También el contenido social del arte imperó mas tardíamente en estos movimientos ligados al nacimiento de los ideales de izquierda y en la posibilidad de ayudar a los pueblos, desde cada lugar, a vivir en un mundo mejor.

    De ahí que en su conferencia “Sentido social del arte” (1947) sabiamente describe los principios del conflicto y plantea: “Los pintores que desean hacer arte social y que aman la belleza de la pintura en sí misma, son los que no olvidan que están en este mundo lleno de injusticias para formar filas al lado del pueblo, auscultando los anhelos en que éste se debate. El pintor social cree ser el intérprete del pueblo, el mensajero de sus sentimientos. Es aquél que desea la paz, la justicia y la libertad. Es aquél que cree que los hombres pueden participar de los placeres del universo.”

    Candido Portinari, como Antonio Berni, Diego Rivera, y tantos otros artistas de su época retrataron los hombres y mujeres anónimos de sus pueblos. Encontraron la belleza del hombre universal en su trabajo, rodeado de los objetos de su entorno, con sus ropas y habitats que transformaron la mirada estética de la pintura y consagraron nuevas formas de apreciación. Valorizaron colores y composiciones domésticas de sectores sociales marginados que enriquecieron la apreciación estética abriendo nuevos caminos de experimentación.

    Desde una mirada retrospectiva apreciamos como este nuevo universo estético abrió campos que hasta el presente buscan en estos maestros fuentes de aprendizaje y crítica. Más allá de este genuino esfuerzo no podemos dejar de evaluar cuánto el arte ha ayudado a cambiar el mundo de estos seres marginados. En el presente la búsqueda de justicia sigue siendo pensamiento en el arte.

    Es por eso que Candido Portinari se convierte en maestro de nuevas generaciones donde se puede recurrir a sus trabajos y encontrar respuestas históricas a problemas universales.

    Esta muestra y el catálogo se propone desde una mirada contemporánea informar y valorizar a uno de los grandes maestros de la pintura de nuestro continente.

    Todo este proyecto está logrado por el equipo de gente que ha trabajado desde las instituciones organizadoras: la Fundación Centro de Estudos Brasileiros, el Projeto Portinari, las autoridades de ambos países y el aporte de los investigadores e intelectuales presente en las páginas del catálogo, con el respaldo incondicional de la empresa Petrobras.

    La muestra está auspiciada por la Dirección de Asuntos culturales de la Cancillería Argentina y por la Embajada de Brasil en la Argentina



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  • Título: Cándido Portinari, el pintor que contó la historia de América latina
    Autor: Mercedes Pérez Bergliaffa
    Fecha: 20/07/2004
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    En Buenos Aires, desde hoy podrán verse los caminos del café y de los esclavos, los conquistadores y las piedras, las migraciones y la miseria. Los panes de oro y el hambre y el libro. O sea: podrá verse la historia de Latinoamérica, o (lo que es lo mismo) al pintor brasileño Cándido Portinari.

    Después de más de cincuenta años de ausencia, las obras de Portinari vuelven para mostrar que era un maestro y además (como él definía) un "pintor social ". Es decir, "aquel que cree que los hombres pueden participar de los placeres del universo".

    Nacidas de la violencia de la propia tierra natal, sus imágenes hablan de la realidad de su pueblo de origen (Brodowski, cerca de San Pablo), aunque podría ser la de cualquier otro pueblo. Así como Antonio Berni acá, o Diego Rivera en México, Portinari pintaba una historia dedesplazamientos . Como escribe Andrea Giunta en el catálogo de la muestra, es la historia de "un contexto específico: el de las migraciones provocadas por las sequías". Desde Brodowski, Portinari vio cómo la gente huía, caminando , hacia las grandes ciudades, escapando de la pobreza. Portinari pintó sus pies , "pies sufridos de muchos y muchos kilómetros de marcha: pies que sólo los santos tienen". De tanto caminar, ellos "se confundían con las piedras y las espinas", describió el pintor.

    Portinari resaltaba en sus pinturas la presencia de negros , lo que le traía diversos problemas. Portinari arriesgaba: "No les gustaba que yo pintara siempre negros; entonces tuve miedo y pinto emigrantes", decía. El artista contaba que, en 1940, siendo ya reconocido internacionalmente, hizo su exposición "Portinari of Brazil" en el MOMA de Nueva York: invitó a diez negros a la inauguración pero no los dejaron entrar. Cuando le preguntaron si los negros brasileños eran más felices que los de los Estados Unidos, contestó: "Sí, porque si bien son pobres, allí son tan libres e iguales como los blancos."

    De firme posición de izquierda, ante el recrudecimiento de la persecución a los comunistas durante el gobierno del general Eurico Dutra en Brasil (1946-1951), Portinari decidió exiliarse en Uruguay desde 1947 hasta 1948. Es durante estos años que viaja varias veces a Argentina, donde expone sus obras en el Salón Peuser (1947) y donde da su conferencia El sentido social del arte . Cuando en 1962 el poeta Vinicius de Moraes le preguntó cómo había llegado a tomar una posición política, el pintor respondió: "No pretendo entender de política. A mis convicciones, que son profundas, llegué por mi infancia pobre, mi vida de trabajo y lucha, y porque soy un artista."

    Las pinturas Retirantes o Niño muerto (ambas de 1944) son obras fundamentales del artista que se muestran ahora en la Fundación Proa. Inmensas, densas, exhiben figuras esqueléticas caminando por los desiertos hacia las ciudades, acechadas por pájaros urubúes que buscan cadáveres que comer. Estas pinturas, además de mostrar una realidad específica, exponen también la fusión de diversas tradiciones artísticas europeas, latinoamericanas y modernas de esa época: influencias de Yves Tanguy, Picasso, Orozco, Siqueiros. Como dice Adriana Rosenberg, directora de la Fundación Proa, Portinari creó "un nuevo universo estético " que aún hoy sigue dejando secuelas.

    "Sueña y fulgura. Un hombre de mano dura, hecho de sangre y pintura grita en la tela", escribe en 1947 Nicolás Guillén en su famoso Son a Portinari . "... y el roto pecho le cura al hombre de mano dura que está gritando en la tela". Solo, desde un extremo del mundo, Portinari supo hallar la belleza del hombre latinoamericano. Quizá, después de todo, ella sirva como remedio.


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  • Título: El regreso de Portinari: pintor de la identidad
    Autor: Alicia de Arteaga
    Fecha: 15/07/2004
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    Portinari mostró por primera vez sus pinturas en Buenos Aires en el Salón Peuser, en 1947. Había elegido el Río de la Plata como destino del exilio político, y encontró acá el abrazo cálido del público sensible y de la crítica, "El fino animador de la línea y el recio estructurador del volumen es también un colorista sutil", escribía, saludando la llegada del maestro que venía de París precedido de los elogios, el crítico de LA NACION.

    Ha vuelto Portinari; en otro siglo, en otra Argentina y con otros laureles. Retratos y paisajes procedentes de colecciones públicas y privadas, argentinas y brasileñas, se exhiben en la Fundación Proa, que suma así una muestra de altísimo nivel a la programación de las salas de La Boca. Adriana Rosenberg, presidenta de Proa, desarrolló todos estos años una fecunda acción de cooperación con instituciones brasileñas.

    Este segundo desembarco de Portinari en la Argentina fortalece los lazos con Brasil a partir de lo que el canciller Celso Amorim define como "diplomacia cultural", modelo de acción que madura relaciones estables y duraderas, no sujetas a ningún arancel.

    Le ha tocado al embajador Mauro Vieira debutar en un momento de diálogo cultural a muchas voces: el cine, la literatura, la música y, por cierto, el arte, registran una producción sorprendente. La última edición de arteBA, Feria de Arte Contemporáneo de Buenos Aires, recibió las obras de artistas brasileños en colecciones argentinas, y ya están preparando su equipaje para participar de la próxima Bienal de San Pablo, Pablo Siquier, representante de la Argentina, Jorge Macchi y Leandro Erlich, seleccionados por el curador Alfonse Hug.

    No está entre los retratos cedidos a la Fundación Proa por coleccionistas argentinos, el cuadro por el que conocí la obra de Portinari. Pintado con la delicadeza que inspiraba la modelo, era un retrato de Dulce Liberal que estuvo por años presidiendo el living de Las Barrancas, la casa de Ascochinga, donde Dulce se multiplicaba en su proverbial condición de anfitriona.

    Era Portinari un artista de dos mundos. Las frágiles mujeres de los retratos mundanos no se parecen en nada a la dramática intensidad de pinturas como Retirantes o Niño muerto. En ambos casos, su obra conmueve.

    La exposición Portinari se enriquece con trabajos de Berni, Forner, Spilimbergo, Pettoruti y Castagnino, que compartieron un tiempo y un ideario. El homenaje, a propósito del centenario, se articula en dos módulos complementarios: la exposición, curada por Christina Penna y João Candido Portinari; y el seminario "El sentido social del arte", coordinado por Andrea Giunta.

    En su conjunto, el programa es fruto del trabajo de cooperación entre la Fundación Proa, el Proyecto Portinari y la Fundación Centro de Estudios Brasileros, con la invalorable colaboración de Mónica Hirst, directora de la Funceb.

    En las próximas páginas, el lector recorrerá el mundo de Portinari; visitará la Brasilia de Oscar Niemeyer; descubrirá los lazos secretos que anudaron una rara amistad entre Jorge Luis Borges y la escritora Lygia Fagundes; escuchará los comentarios del cineasta Walter Salles y los ritmos de un país musical, que puede escribir su historia con choros, marchas, sambas y bossa nova.



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  • Título: Berni y Portinari, en dos grandes muestras
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    Fecha: 26/06/2004
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    L a coincidencia no puede menos que celebrarse. En silencio y con apuro se preparan dos muestras que brillarán en el próximo invierno. En la Boca, la Fundación Proa tiene todo listo para recibir, a partir del 14 de julio, un envío brasileño de obras de todas las épocas de Cándido Portinari. En tanto, en el otro extremo de la ciudad, el norte, el Museo Metropolitano diseña su relanzamiento el 6 de julio a partir de una muestra de 94 obras de Antonio Berni, en este caso un recorte transversal por la particular concepción que el rosarino tenía del paisaje.

    Tener en exhibición simultánea a Berni y Portinari resulta una puesta en escena de la migración artística que definió el arte latinoamericano del siglo XX. Ambos viajaron a Europa en los años veinte becados por instituciones y absorbieron la explosión de las vanguardias en París y regresaron al continente americano hacia 1930. Todo esto sería anecdótico si no fuera porque en el choque con el deprimido universo de origen ambos darían forma al mejor arte social del continente.

    Con el asesoramiento del Centro de Estudios Brasileños, Proa presentará sesenta obras que incluyen óleos, grabados y dibujos con préstamos de los museos de Arte Moderno de Río y San Pablo. Bellas Artes prestará el mágico óleo "Mujer llorando" y habrá un aporte importante de colecciones privadas locales.

    En tanto, la pata argentina de la exhibición está ahora por detrás de la producción de retratos que el brasileño hizo en Buenos Aires durante su exilio porteño de dos años. "Hay mucha producción porque, como Berni, Portinari pintaba muchísimos retratos para vivir", señala Adriana Rosenberg de Proa.

    Desde Madrid, José Antonio Berni -uno de los hijos del maestro- explica el origen de la muestra. "Fue surgiendo de la necesidad de expresar un costado poco transitado en la obra de papá. Empezamos revisando la producción gauchesca y a partir de noviembre se perfiló mejor esta idea del paisaje".

    Claro que la idea de paisaje en Berni está siempre supeditada a la huella social. Es el paisaje que queda, la pintura que capta el tránsito de la máquina humana. Como lo pone la investigadora Cecilia Rabossi-que participa en ambas muestras- "son paisajes, sí, pero paisajes de Berni".

    El Museo Metropolitano mostrará 94 obras que incluyen óleos, dibujos, collages y aun los cuadernos espiralados donde Berni ensayaba sus creaciones. "Se salvaron seis o siete, la mayoría terminaron en la basura. Trabajaba en los cuadernos todos los días a partir de las seis o siete de la tarde", rememora José Antonio Berni.

    Las obras en exhibición van de la década del cincuenta al final de la producción del pintor, que murió en 1981. El escritor Héctor Tizón fue convocado para escribir el texto del catálogo y, semanas atrás, señaló que se había sorprendido especialmente con la serie en la que Berni lleva a su terreno estético figuraciones criollas como las de Martín Fierro y Don Segundo Sombra.



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